Uma pesquisa realizada pela Global Business Travel Association (GBTA) revelou que mais da metade dos compradores (56%) mudou as políticas de viagens a negócios das empresas devido à pandemia de covid-19. Entre as mudanças estão novas regras de aprovação pré-viagem (53%), briefings de viagens mais detalhados (35%), coleta de informações sobre a saúde dos funcionários (24%) e novas regras de bilhetes não utilizados (22%).
Enquanto a maioria das empresas da GBTA (68%) afirma ter informações suficientes sobre as práticas de limpeza e segurança dos fornecedores, um quarto (24%) diz que gostaria de ter mais detalhes sobre os protocolos. Além disso, 45% dos entrevistados acreditam ter informações suficientes sobre alterações operacionais, como políticas de reagendamento, e cerca de 37% gostariam de obter mais informações.
RETOMADA DAS VIAGENS CORPORATIVAS
Apesar das crescentes taxas de contágio de covid-19 em algumas regiões do mundo, metade das empresas (49%) está pensando em retomar todas as viagens em um futuro próximo. Apenas uma em cada cinco (18%) empresas informa que não planeja voltar a viajar em breve.
Assim como em outros segmentos, as viagens domésticas devem ser retomadas primeiro. Cerca de 44% dos entrevistados esperam que as viagens domésticas voltem a acontecer em até três meses, enquanto 34% prevêem a retomada entre seis e oito meses. Os membros da GBTA na Europa (77%) são mais propensos do que os da América do Norte (37%) a esperar que as viagens corporativas domésticas retornem nos próximos dois a três meses.
Em relação às viagens internacionais, 16% espera retommar dentro de dois a três meses, 40% nos próximos seis a oito meses e 25% ainda não têm certeza. As empresas baseadas na Europa (33%) têm maior probabilidade de esperar que as viagens internacionais sejam retomadas dentro de dois a três meses do que os membros da América do Norte (13%).
“A GBTA continua apoiando os membros a introduzir medidas consistentes de saúde e segurança para cada vertical de viagem, um requisito essencial para permitir a retomada das viagens. Como vimos nos resultados da pesquisa, os compradores tiveram que se adaptar às novas demandas, alterando significativamente a política de viagens para refletir o aumento necessário dos protocolos sanitários. A GBTA segue trabalhando junto aos associados para ajudá-los na recuperação”, afirmou o novo diretor executivo da GBTA, Dave Hilfman.
IMPACTO DA COVID-19 PARA AS EMPRESAS
Segundo o levantamento, 81% dos fornecedores de viagens dispensaram funcionários e 78% reduziram a equipe ou demitiram colaboradores. Além disso, a maioria dos entrevistados sente que o setor de viagens a negócios sofreu mais no que se refere ao cancelamento de voos (73%) e suspensão das operações de hotéis (66%). No entanto, uma em cada quatro (44%) empresas acredita que o pior ainda está por vir em termos de demissões e perda de receita.
Fonte: Panrotas