Há muito tempo a tecnologia deixou de ser considerada uma tendência e passou a existir de forma fundamental e obrigatória em várias esferas. Com a pandemia do novo coronavírus, muitos processos e recursos tecnológicos foram acelerados e as empresas se encontraram na necessidade de adiantar projetos que estavam no papel, mas que ainda não tinham sido executados.
Do ponto de vista das TMCs, muito precisou ser feito em relação à gestão de viagens corporativas e à jornada dos (poucos) viajantes a negócios que estão se deslocando neste momento e a tecnologia tem grande participação nisso. As agências de viagens – e também as fornecedoras de tecnologia – não só evoluíram suas ferramentas já existentes, como criaram outras para atender na nova realidade.
“A primeira coisa básica que fizemos quando a pandemia teve início foi a aceleração da adoção de todas as tecnologias que já estavam disponíveis no mercado. Já tínhamos vários desenvolvimentos novos que estávamos implementando, em piloto, e aí surgiu a oportunidade de implementá-las em mais clientes, por exemplo. Questões como certificados de vacina e resultados negativos de teste para a covid-19, que são as credenciais de saúde, também precisarão estar disponíveis nas ferramentas. Estamos nos adequando para conseguir consumir as informações necessárias para estarem alinhadas com os serviços que prestamos”, conta o diretor da Copastur, Edmar Mendoza.
A covid-19 freou os deslocamentos, acentuando as restrições para as viagens aéreas. Mas trouxe redescobrimentos, coisas que antes eram consideradas difíceis de serem emplacadas no dia a dia corporativo, como o trabalho remoto, o home-office e as reuniões virtuais, que vieram para ficar.
“Sem dúvida algumas dessas mudanças tecnológicas vieram para ficar. Acredito que depois de termos experimentado situações extremas, como 100% home-office por meses, após a imunização por meio da vacina todos retornaremos aos escritórios em modelos híbridos, em dias alternados de home-office e presença física. A digitalização só tende a aumentar”, afirma a proprietária da Solid Viagens, Solange Vabo.
ADAPTAÇÃO INTERNA
Assim como as TMCs tiveram de se ajustar para atender seus clientes, também tiveram de fazer adaptações para atuar dentro das próprias empresas. Seja por meio de novas funcionalidades para proporcionar o trabalho remoto, treinamento de colaboradores para este novo período ou reestruturações internas, a tecnologia teve e vem tendo participação importante neste movimento.
“Quando chegou a pandemia, precisamos dar uma acelerada e reestruturamos nosso sistema de gerenciamento de chamadas, de acompanhamento de processos e de gerenciamento de projetos, dando mobilidade para quem estava acompanhando de casa ou da empresa… Colocamos toda a nossa tecnologia dentro da Amazon, como banco de dados e datacenter, centralizando tudo e nos dando robustez”, comenta o vice-presidente do Grupo Arbaitman, Siderley Santos.
VEIO PARA FICAR
As novidades criadas pelas TMCs e fornecedores vieram para ficar. Não há mais como entregar serviços desvinculados dos recursos tecnológicos. Mesmo que o mundo volte para como era antes – ou parte do que era –, as tecnologias seguirão e, daí para frente, é só modernizar.
Sem a tecnologia, muitas empresas do setor de Turismo (e de outros também), inclusive, não teriam sobrevivido a esta crise. Foi preciso se adaptar e ser resiliente, sem esquecer da necessidade de criar disrupção.
Confira abaixo a matéria completa sobre a evolução tecnológica por parte das agências de viagens corporativas e fornecedores na edição da Revista PANROTAS de número 1.467, Especial Tecnologia e Turismo.